23 January 2007

Noite mal dormida.

Quantas noites mal dormidas tive na minha juventude? Há muito que perdia conta.

Na maioria das vezes por motivos nobres como por exemplo: Noite na borga, fazer projectos da escola, ajudar um amigo a fazer qualquer coisa, etc.

Mas hoje foi diferente. Muito diferente.

Foi tão diferente que começo a acreditar que a minha mente se está a preparar para as preocupações que os filhos trazem, e que por sua vez dão as noites mal dormidas.

Se perguntarem o que me tirou o sono, eu não respondo prontamente.

Na realidade, sono não me faltou, e muito menos me falta hoje que preciso de estar bem alerta, mas por mais que o cadáver pedisse, a mente não desligava nem á chapada.

O que tenho para fazer e está ao meu alcance, não me tira, nem nunca me tirará o sono.

São as coisas que não posso tocar, conduzir ou encaminhar que me viram do avesso.

Sinto/sei que algo vai acontecer que revirará a minha vida, mas nada posso fazer, nem sequer mostrar que sei.

Poucos conseguem perceber o que sinto, e ninguém sabe do que falo. Por isso escrevo.

Escrevo para não explodir. Escrevo para não desistir. Escrevo para tentar encontrar alguma fé contra a derrota que tenho como certa.

Mas enfim, esta é a minha sina, este é o meu fado!

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